terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pro meu amor

Há dois anos e cinco meses recebi um presente tão lindo que me pus a chorar de tanta alegria, um presente que meu pai me deu. Tão lindo era, que nunca queria parar de olhar, e de pensar no que iria fazer com esse presente no meu futuro.
O tempo foi passando, mas esse presente não foi esquecido, cada vez mais o utilizava e fui criando dependência, queria estar sempre por perto o acariciando e sentindo seu calor. Crescendo juntos nos tornamos um só, verdadeiros amigos, comparsas e companheiros, um completando o outro.
Nunca havia sido tão feliz como naquele momento em que o beijei pela primeira vez, e nunca me senti tão triste por não ter retribuído todo o sentimento que este me deu, e faço de minhas palavras um presente que não pude dar. Só quero que você Danilo, meu presente , me desculpe por ter esquecido de uma data tão importante, e peço que ama a cada dia mais.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ahh o frio!

No frio pessoas ficam mais bonitas, o dia fica mais bonito
minha vida fica mais bonita.  Tenho amor a esse tempo!
Penso no porquê de gostar tanto, acho que pelo mês de nascimento, ou apenas por gostar mesmo.
Gosto do sentimento que o frio me traz, dos anseios e pensamentos.
Gosto e sinto esse momento.

Bruna Caran:


Mês de junho
Qual é seu nome? eu sei
Tempo de frio prazer
O mesmo nome hei de ter
Frio que rasga os lábios meus
Ser cria de um sábio...
Mês de junho
Tempo de festas quintais
Temos os signos iguais
Sonhos e planos reais
Ser que morde os lábios meus
Ventos que trazem presságios de um...
Mês de junho
Qual é seu nome eu sei
Tempo de frio prazer
O mesmo nome hei de ter

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um clássico

Não gosto de músicas pelo tom, pelo som, ou pela voz, gosto da música digna de ser gostada, daquela que tem uma letra com sentido, história e contexto.
Gosto do bom gosto dos autores poetas por isso, gosto de Chico Buarque.
Não tenho preguiça de perder o meu tempo interpretando suas músicas maravilhosas e difíceis, também, sendo neto de quem é, o grande Aurélio deve tê-lo ensinado muito e até ajudado em algumas canções.
Construção

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague