quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu sou

Eu sou os brinquedos que brinquei,
as gírias que usei, 
eu sou os nervos a flor da pele no vestibular, 
os segredos que guardei, 
eu sou aquele amor problemático que viveu, 
a conversa séria que tive um dia com meu pai,
eu sou o que eu lembro. 
Eu sou a saudade que sinto da minha mãe,
a infância que me recordo, 
a dor de não ter dado certo, 
de não ter falado na hora, 
eu sou aquilo que foi podado no passado, 
eu sou que eu choro. 
Eu sou abraço inesperado, 
a força dada para o amigo que precisa, 
eu sou o pelo do braço que arrepia,
a sensibilidade que grita, 
o carinho que permanece, 
eu sou as palavras ditas para ajudar, 
os gritos sufocados da garganta, 
eu sou a gargalhada e o exagero.
Eu sou a raiva de não ter alcançado, 
a impotência de não conseguir mudar, 
Eu sou o desprezo pelo o que os outros inventam, 
o ódio que tudo isso me dá, 
eu sou aquele que rema, que cansado não desiste, a ardência da revolta, 
eu sou o que eu queima. 
Eu sou aquilo que reinvidica, 
o que consigo gerar através da minha verdade e da minha luta, 
eu sou os direitos que tenho, 
os deveres que me obrigo.
Eu não sou só o que como, o que visto, o que escrevo ou o que está na página do orkut. 
Eu sou o que ninguém vê.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Procurador

Como cansa procurar emprego, já estou cansada! preciso é de umas férias..
Veja se eu não tenho razão, 
procurador de emprego é uma profissão crescente e não tem remuneração, 
mas tem muito concorrente. 
Um procurador profissional emprego tem que achar, 
mas mesmo que o encontre, ainda tem que trabalhar. 
Mas é que procurar emprego dá maior trabalho, tarefa sem salário.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pro meu amor

Há dois anos e cinco meses recebi um presente tão lindo que me pus a chorar de tanta alegria, um presente que meu pai me deu. Tão lindo era, que nunca queria parar de olhar, e de pensar no que iria fazer com esse presente no meu futuro.
O tempo foi passando, mas esse presente não foi esquecido, cada vez mais o utilizava e fui criando dependência, queria estar sempre por perto o acariciando e sentindo seu calor. Crescendo juntos nos tornamos um só, verdadeiros amigos, comparsas e companheiros, um completando o outro.
Nunca havia sido tão feliz como naquele momento em que o beijei pela primeira vez, e nunca me senti tão triste por não ter retribuído todo o sentimento que este me deu, e faço de minhas palavras um presente que não pude dar. Só quero que você Danilo, meu presente , me desculpe por ter esquecido de uma data tão importante, e peço que ama a cada dia mais.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ahh o frio!

No frio pessoas ficam mais bonitas, o dia fica mais bonito
minha vida fica mais bonita.  Tenho amor a esse tempo!
Penso no porquê de gostar tanto, acho que pelo mês de nascimento, ou apenas por gostar mesmo.
Gosto do sentimento que o frio me traz, dos anseios e pensamentos.
Gosto e sinto esse momento.

Bruna Caran:


Mês de junho
Qual é seu nome? eu sei
Tempo de frio prazer
O mesmo nome hei de ter
Frio que rasga os lábios meus
Ser cria de um sábio...
Mês de junho
Tempo de festas quintais
Temos os signos iguais
Sonhos e planos reais
Ser que morde os lábios meus
Ventos que trazem presságios de um...
Mês de junho
Qual é seu nome eu sei
Tempo de frio prazer
O mesmo nome hei de ter

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um clássico

Não gosto de músicas pelo tom, pelo som, ou pela voz, gosto da música digna de ser gostada, daquela que tem uma letra com sentido, história e contexto.
Gosto do bom gosto dos autores poetas por isso, gosto de Chico Buarque.
Não tenho preguiça de perder o meu tempo interpretando suas músicas maravilhosas e difíceis, também, sendo neto de quem é, o grande Aurélio deve tê-lo ensinado muito e até ajudado em algumas canções.
Construção

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quando eu era um menininho


Carinha de menina não quer dizer nada, eu por exemplo, tenho cara de menininha mimada, porém na rua eu me transformava de lindinha delicada para menininho briguento. Brigava por qualquer coisa, batia nos meninos, era muito folgada, EU que mandava e se alguém quisesse brigar eu ia pra cima, só tinha medo de uma pessoa, a BÚ hahaha... Quem não tinha medo dela? Acho que só a Huly!
Mesmo sendo chata tinha muitos amigos meninos, com a convivência deles e dos meus irmãos, fui virando mais menininho ainda.
BARBIE? Era para as donzelinhas, as minhas eu quebrava nas cabeças dos meus irmãos. Minhas brincadeiras mais divertidas eram carrinho de rolimã, bolinha de gude, amarelinha, faz de conta, banco e cavar a terra.
Tive muitos brinquedos, o povo da rua achava que eu era riquinha, tadinhos! Enquanto eles me achavam rica, eu achava que a minha prima juh era, porque ela tinha todos os brinquedos inteiros, eu ia a casa dela pra quebrar kkkkk... Mas não foi eu que quebro o negocinho de fazer sorvete, eu juro tia!
Ishi, eu e a Juh, muitas histórias pra contar, coisas naturais do tipo cortar o cabelo das bonecas dela, pintar a perna de batom, botar fogo no ovo com salsicha "acho que a tia Dalilla não sabe disso até hoje kkk".
Não tinha só a Juh, tinha a Gaby e a Isa, mas elas  tinham brinquedos que eu não podia brincar, porque eram caros e eu era uma destruidora, com elas eu brincava mais no sítio, era muito bom brincar na casinha da árvore, ou no lago. Tinha um morrinho de barro que a gente jogava água e escorregava,  todas molhadas e com as bundas sujas levávamos xingo, mas a melhor brincadeira lá era caça ao tesouro que o Foi pilantrava com a gente, mesmo assim era legal.
 Não posso deixar de falar a Raysa filha de chileno com baiana kkkk,  eu ia pra casa dela bem cedinho e voltava muito tarde, juntas éramos um vulcão, brincávamos na oficina do pai dela, na horta da mãinha, pulávamos no colo do caré, e as guerras de almofadas? Queria matar o Dudu e o Leandro eles me davam tanta almofadada que eu saia com dores de cabeça. Também tem a Jéssica, nosso sonho era montar um clubinho, e vivíamos imitando a novela "O clone" era um máximo, nós juntas só brigávamos com a Daiane porque ela era neguinha e roubava nossos brinquedos, tadinha! Eu ficava tão triste quando a jéh ia viajar :( e quando ela foi embora levou uma boa parte da nossa infância com ela, mas temos contato até hoje.
Na escola, nossssssssssa eu era terrível, quebrei a Lousa na primeira série a prof.  Marciana me deu um apavoro que eu nem quis contar pra minha mãe, a lousa está quebrada até hoje kkkk, eu era tão terrível, mas ela gostava tanto de mim que quis colocar o nome da filha de Laís, eu era pentelha mesmo assim o povo gostava de mim, não sei o porquê. Continuando com a escola, na primeira série fiz uma grande amizade quebrando o apontador do Aleph,  pro azar dele em seu primeiro dia de aula a Marciana o colocou  do meu lado, mal sabia o que o esperava. Nós tínhamos o mesmo temperamento, então juntos saia faísca;  numa de nossas brigas colocamos a sala inteira de castigo kkkkkk... hoje eu assumo a culpa foi minha!
Ah tinha o Carlos a Carol e a Samanta, o Carlos machucou o meu joelho e ele tinha cheiro de chocolate kkk, a Carol era mimadinha e eu tinha inveja dela porque ela era filha única, mas eu sempre a amei, ela é um doce de menina, lembro das coisas que combinávamos, dos trabalhos que ela fazia comigo, ela era a mais inteligente da sala e eu ficava em segundo lugar, então sempre estava disputando com ela kkkk...
A Samanta que saudade! meu grude, ela vivia comigo e tinha ciúme da Carol, meu pai falava que ela parecia índia e eu adorava imaginar ela na floresta kkkkk...
Minha infância foi muito boa, me diverti como ninguém. Hoje eu tenho saudades, e quando olho fotos sempre sai uma lágrima com um sorriso.


Vou parar por aqui, senão sai um livro
Dou graças a ti Deus por ainda ter contato com todos esses que mencionei.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vício

Meu nome é Laís, sou viciada em beijos
abraços, carinhos, brigas, telefonemas, cartas e msn.
Sofro deste vício a alguns anos, na verdade desde os 13 ou 14.
No começo me contentava somente em segurar na mão, depois veio o abraço,
quando fui ver já estava beijando. Logo enlouqueci, o vício me dominou, desde então estou apaixonada.
Meu vício se chama Danilo, essa droga me matou de amor, e não quero ser curada!